Após os processos contra o ex-presidente Lula (PT) terem sido arquivados no âmbito da Operação Lava Jato, para disputar as eleições deste ano, o petista precisa formar uma boa base de apoio nos estados e municípios do Brasil.
Desde junho de 2021, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou o ex-juiz Sérgio Moro – que também era cotado à disputa pela presidência – parcial e suspeito na condução das investigações, o clima no Partido dos Trabalhadores era de instabilidade.
Primeiro, porque muitos dos aliados não foram reeleitos ou perderam nas eleições de 2018. A maioria das cadeiras do Congresso, inclusive, são ocupadas por fantoches do atual presidente, Jair Bolsonaro (Partido Liberal), que vez ou outra faz repasses financeiros “misteriosos” aos parceiros.
Mesmo livre das acusações, o fato é que, desde o golpe que culminou a saída de Dilma, os petistas vêm sofrendo diversos ataques na mídia, nas redes sociais e principalmente por Bolsonaro e seus comparsas.
Em meio a essa atmosfera, reforçar os apoios dos ‘conterrâneos’ e unir forças é, talvez, a maior arma que Lula pode usar a seu favor. Problema é que, na Paraíba, o presidenciável não fez a escolha ainda – e talvez nem faça.
Em um cenário com João Azevêdo (PSB) e Veneziano Vital (PT), Lula tem que escolher entre o camarada do mesmo partido, que tem poucas intenções de voto no estado, ou optar por Azevêdo, que tem grandes chances de ser reeleito.
Já dizia o ditado, “mais vale um pássaro na mão, do que dois voando”. A experiência de Lula na política, no entanto, parece estar fora de contexto. A quem ele vai dedicar o seu apoio?
Vai fazer igual a Bolsonaro, que durante visita ao estado até errou o nome de Nilvan Ferreira (PL), candidato ao governo da PB aliado a ele? Vai preferir um braço direito capaz de ofuscar a oposição? Ou vai perdoar aquele que votou pelo impeachment da ex-presidente Dilma?
Por enquanto, Lula prefere perder tempo!